quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Assassin’s Creed – Oliver Bowden

image- Ficha Técnica:

- Título Original: Renaissence

- 367 páginas

- Sinopse: Traído pelas famílias que governam as cidades-estado italianas, um jovem embarca em uma jornada épica em busca de vingança. Para erradicar a corrupção e restaurar a honra de sua família, ele irá aprender a Arte dos Assassinos. Ao longo do caminho, Ezio terá de contar com a sabedoria de grandes mentores, como Leonardo da Vinci e Nicolau Maquiavel, sabendo que sua sobrevivência depende inteiramente de sua perícia e habilidade. Para os seus aliados, ele será uma força para trazer a mudança lutando pela liberdade e pela justiça. Para os seus inimigos, ele será uma ameaça que procura destruir os tiranos que oprimem o povo da Itália. Assim começa uma épica história de poder, vingança e conspiração.

- Nota: 2

Hoje vou abrir uma exceção aqui no blog. Nada de romance gracinha, erótico, chick lit ou romance adolescente… o livro de hoje é baseado nos jogos de Assassin’s Creed, criado pelos mesmos produtores do também jogo de video-game, Príncipe da Pérsia.

Antes de tudo, sou uma fanática por jogos. Posso não jogar tanto agora quanto na minha infância/adolescência (falta de tempo), mas era daquelas que comprava as revistas, lia sobre os lançamentos, alugava “fitas” (velha) todo final de semana e comprava os jogos dos mais diferentes tipos. Assassin’s Creed fez parte disso, e eu amei a história de Ezio, com todo aquele ar de conspiração, lutas e um homem em busca de vingança.

Ezio tinha uma vida tranquila em Florença. Metia-se em brigas, escalava a janela de Cristina toda a noite e corria entre os telhados das casas, apostando corrida com seu irmão. Tudo estava perfeito, até que sua família é acusada de traição. A vida que ele conhecia não existe mais. Ainda jovem, assistiu seus dois irmãos e seu pai serem enforcados. Viu como sua mãe perdeu o gosto pela vida, e como sua casa ficou destruída após a emboscada. O garoto encrenqueiro, que levava a vida tranquilamente, perdeu sua inocência aquele dia, e torna-se então um jovem em busca de vingança.

A história do livro começa boa, e o próprio enredo do jogo daria tudo para um livro digno de best-seller. Entretanto, parte do problema de Assassin’s Creed foi justamente esse… o livro segue a risca os acontecimentos do jogo.

Se fosse como aconteceu em Príncipe da Pérsia, com sua adaptação para o cinema – e nisso tivemos uma história reescrita, mas que conseguiu manter a essência do jogo – Assassin’s Creed teria sido perfeito. Porém, o autor optou pelo caminho idêntico ao game. As ações de Ezio, as falas, os passos dele… Como eu li em várias resenhas (e devo concordar), tive a impressão que estava lendo um script ao invés de uma história literária. Tanto que, na primeira parte do livro, ainda me senti lendo de fato uma história, e foi a parte que eu mais gostei. Temos momentos em que sabemos o que se passa com os sentimentos do personagem, a raiva, a frustação, o choro, o sentimento de deixar o seu amor para trás – coisas que Ezio enfrenta pela sua busca à vingança.

Entretanto, depois disso, só o que temos são cenas e mais cenas de ação, que em certo momento parecem repetitivas e não deixa o leitor respirar. Em um jogo isso é ótimo, no livro senti falta de algo mais. Os raros momentos em que Ezio dá uma pausa e temos o seu lado “humano”, que pensa em sua antiga vida, no seu antigo amor ou em quem ele se tornou, não passam de dois ou três parágrafos, poucas vezes.  O ápice de comover o leitor foi quando Ezio assistiu a morte do pai, que também durou rápido.

Não vou dizer que não gostei de nada. A leitura como um todo é boa, mas faltou mais ingredientes e, principalmente, se desprender um pouco do jogo. Se fosse para escolher um elogio, diria que as descrições de Florença e outras cidades são um prato cheio pro leitor ser transportado para época. O autor escreve bem e pesquisou bastante para trazer os ares da renascença para o livro.

Para quem já jogou, as chances de gostarem do livro são poucas. Ao mesmo tempo, vi várias pessoas que não jogaram e adoraram a história do livro. Para mim, opto pela história de Ezio no mundo dos games.

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